terça-feira, 27 de agosto de 2013
Encontrei na tese de Doutorado da Graça Graúna intitulada: Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil; defendida na UFPE, em abril de 2003.
Nesse sentido, vale anotar as palavras de Sidney Soares (2000) com respeito ao livro de poemas de Jekupé, pois mostram, claramente, uma das raízes do problema:
Desde criança tenho curiosidade sobre as várias nações indígenas do Brasil, mas nunca tive grandes informações sobre tal assunto. Se um dia algum professor pedisse para que fossemos ler um livro de poesia escrito por um índio, seria um grande susto para todos. Acredito que isso ocorra porque no senso comum existe a idéia que o índio é vagabundo e ignorante, o trabalho do índio é diretamente relacionado a uma coisa ruim.
Sendo assim, não temos nenhuma música de um grupo indígena nas paradas de sucesso ou representantes oriundo da comunidade indígena na mídia. Você se lembra de algum apresentador de TV Kaiapó, um repórter Xavante, um jogador de futebol Pataxó, ou um poeta Guarani?
Desprovidos de suas terras e suas tradições culturais, os povos indígenas foram incorporados na sociedade brasileira abaixo do nível da pobreza. Assim, em muitas cidades onde existem povos indígenas estes são vistos como bêbados e pedintes. O índio miserável (SOARES, 2000: 5).
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