
Fico surpreso em perceber a importância que é dada aos bacharéis de direito na administração pública...Na tentativa de defender o ESTADO DE DIREITO foi criado uma falsa verdade baseada no “advoguês”...
Afinal se alguém esta na administração pública deve conhecer essa língua e falar por meio dela.Não adianta pensar em reflexões em outro sentido do usual, apenas fale em advoguês e está tudo certo...
Senão vejamos como exemplo algumas “palavrinhas” com a letra A:
Ação
Ação Rescisória
Acórdão
Advogado
Adcon
Adin
Agravo De Instrumento (Ai)
Agu
Ajuiza
Apelação
Aposentadoria
Aposentadoria Compulsória
Aposentadoria Especial
Audiência
Autor(Es)
Autos
Autuar
O homem do governo sonha em ser um advogado, um juiz ou um procurador que vai falar num "advoguês" hermético feito para não ser entendido pelos "não iniciados".
Assim os Srs. Data venia formaram o Modus operandi para quem trabalha no Estado. E apenas os que possuem a familiaridade como que é considerado a “cultura legítima”,
possuem a didática de pretensão e distinção (princípio da transformação permanente dos gostos), os que não possuem essa familiaridade aprendem a reconhecer essa capacidade no outro, mas sem a conhecer.
A luta para validade de símbolos e, o ter e não ter demonstra mecanismos que não apelam para a violência física, mas para a violência na cultura. Ela se manifesta quando se nota o funcionário público tipo “popular” e um outro de “elite”.
A adaptação popular encerra sempre o sentimento da incapacidade, da incompetência, do fracasso ou da indignidade cultural, uma forma de reconhecimento dos valores dominantes, e sua distância deles.
O reconhecimento da cultura dominante é quase universal, manifestada com o conhecimento dos princípios e discursos que geram seus desapossamentos, através da vergonha, ignorância ou reforço para conformar-se. Ao trabalhador que não pertença ao mundo do "advoguês" hermético lhe é conferido um conformismo do “não ter não possuir e não saber” graças à lógica de dominação social.
Esse desapossamento da capacidade de formular seus próprios fins (e a imposição de necessidades artificiais é a forma mais sutil que existe de alienação).
Como sempre existe alguns possuindo o que é validado como o sonho de outros, os que não possuem se espelham nos que possuem, procurando sempre o gosto alheio para satisfazer o que o outro pensa sobre mim.
Assim para garantimos o tal estado de direito criamos o Estado para o direito