quarta-feira, 18 de junho de 2008

No meio da multidão

São todos iguais?

Amar o outro como a si mesmo...Onde foi parar essa idéia?

Na sociedade de massas o excesso de pessoas faz com que a preservação de um indivíduo pareça banal.

Por que se importar com “um” no meio de tantos?

É a selvageria dos muitos...

Quem organizou a revoada dos pássaros?

Quem organizou o cardume dos peixes?

Quem organiza uma multidão de pessoas?

O destino de homens e mulheres é natural, e histórico...

Está condicionado pelo poder de organizarmos coletivamente a vida à nossa volta!

E quantos rostos! Nosso povo moreno...Mas mas quantos morenos somos?

Nem sempre o que parece é...

Nem sempre sou o que aparento ser, mas sei que há uma ligação.

Mas e quando as pessoas não são o que aparentam ser?

Por que nos pegamos tanto à idéia de ligar imagem da pessoa com a personalidade da pessoa...

Deve haver uma ligação...

Acho que têm uma ligação entre minhas carecterísticas genéticas e características espirituais.

Só assim é definida a aparência de alguém...

No meio de tantas pessoas é fácil dizer... “Esse é dinâmico, aquele é malandro...”.

E eu aparento ser como? Ou aparento ser o que?

Às 7:00 Hs na estação Barra funda, apenas mais um na multidão!

Mais um na multidão na estação Barra funda...

E no meio da multidão talvez seja dispensável.

Multidão dispensável!

domingo, 8 de junho de 2008

ESTADO DE DIREITO! OU ESTADO PARA O DIREITO?



Fico surpreso em perceber a importância que é dada aos bacharéis de direito na administração pública...Na tentativa de defender o ESTADO DE DIREITO foi criado uma falsa verdade baseada no “advoguês”...

Afinal se alguém esta na administração pública deve conhecer essa língua e falar por meio dela.Não adianta pensar em reflexões em outro sentido do usual, apenas fale em advoguês e está tudo certo...

Senão vejamos como exemplo algumas “palavrinhas” com a letra A:

Ação

Ação Rescisória

Acórdão

Advogado

Adcon

Adin

Agravo De Instrumento (Ai)

Agu

Ajuiza

Apelação

Aposentadoria

Aposentadoria Compulsória

Aposentadoria Especial

Audiência

Autor(Es)

Autos

Autuar

O homem do governo sonha em ser um advogado, um juiz ou um procurador que vai falar num "advoguês" hermético feito para não ser entendido pelos "não iniciados".

Assim os Srs. Data venia formaram o Modus operandi para quem trabalha no Estado. E apenas os que possuem a familiaridade como que é considerado a “cultura legítima”, possuem a didática de pretensão e distinção (princípio da transformação permanente dos gostos), os que não possuem essa familiaridade aprendem a reconhecer essa capacidade no outro, mas sem a conhecer.

A luta para validade de símbolos e, o ter e não ter demonstra mecanismos que não apelam para a violência física, mas para a violência na cultura. Ela se manifesta quando se nota o funcionário público tipo “popular” e um outro de “elite”.

A adaptação popular encerra sempre o sentimento da incapacidade, da incompetência, do fracasso ou da indignidade cultural, uma forma de reconhecimento dos valores dominantes, e sua distância deles.

O reconhecimento da cultura dominante é quase universal, manifestada com o conhecimento dos princípios e discursos que geram seus desapossamentos, através da vergonha, ignorância ou reforço para conformar-se. Ao trabalhador que não pertença ao mundo do "advoguês" hermético lhe é conferido um conformismo do “não ter não possuir e não saber” graças à lógica de dominação social.

Esse desapossamento da capacidade de formular seus próprios fins (e a imposição de necessidades artificiais é a forma mais sutil que existe de alienação).

Como sempre existe alguns possuindo o que é validado como o sonho de outros, os que não possuem se espelham nos que possuem, procurando sempre o gosto alheio para satisfazer o que o outro pensa sobre mim.

Assim para garantimos o tal estado de direito criamos o Estado para o direito